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  Sempre gritei aos quatro ventos que eu não gostava de Sax Tenor. Na verdade eu não gostava era do meu som de tenorista. Outra frase recorrente minha para tentar justificar esta falta de afinidade, era “O tenor é quem escolhe o músico e definitivamente ele não me escolheu”. Enfim, tocando Sax Alto desde 1989 eu não tinha a menor intimidade com o Tenor. Tive a oportunidade de soprar, ouvir e sentir a mecânica de muitos tenores: do Buescher True-Tone, King Cleveland, Yamaha 23, 275, 62, Selmer Mark VI, Mark VII, Super Action 80 II, Super Balanced Action ao Weril Supremo. Mas nenhum teve o poder de persuasão de Sax Tenor B&S Blue Label. Soprar apenas uma vez foi o suficiente para definir a compra. De marca desconhecida por muitos no Brasil (para não dizer completamente ignorada); comprei-o pelo que ele fala, pelo seu som. E tem também sua função ergonômica bem trabalhada.

  Instrumento feito à mão na Alemanha a partir de 1975. Foram produzidas duas séries, uma Vermelha e outra em menor quantidade Azul: denominadas “Red Label” e “Blue Label”. Seu metal é bastante dúctil, extremamente ressistente à intempéries e muito brilhante; liga tríplice metálica chamada Prata-Alemã. A pouca literatura encontrada sobre ele relata a hábil intenção do Artesão e a opinião consensual de que suas características sonoras são realmente muito semelhantes às encontradas no modelo Mk Vi da Selmer.